Mário PC
MPC Jazz Festival – uma visão de futuro
Até onde sei, este foi o primeiro festival de jazz on-line nascido na pandemia. Tanto é que o seu slogan era: Um festival como você nunca viu! (rs)
Precisou de uma pandemia pra chacoalhar o ser humano e dizer: Cara, a arte vai salvar a sua vida! Nietzsche já dissera: "A arte existe para que a realidade não nos destrua”.
Alguns ainda não se deram conta da importância da arte. Sem alimento para a alma, não sei onde vamos chegar. Se é que sairemos do lugar. Se é que não seremos tragados pela nossa estupidez. Entra ano, sai ano, e a gente ainda não entendeu que se fizermos a coisa certa, não precisaremos nem de leis.
Em meio ao isolamento, desolado, buscava uma forma de reverter o prejuízo que me fora imposto pela pandemia. Cancelamentos e adiamentos que diziam respeito ao meu sustento e à minha carreira se fizeram presentes de forma letal.
Juntando as peças desse quebra-cabeças, entre referências nostálgicas, saudosistas, pois éramos felizes e não sabíamos, me ocorreu a ideia de me promover idealizando um palco virtual. O universo das lives já vinha a toda. De forma meio troncha, tecnicamente, mas estava rolando. Foi o que restou aos artistas. Muitos se encontravam perdidos. Na medida em que amadurecia a ideia, me dei conta que o meu evento também poderia favorecer muitos outros.
Ideologicamente, juntei meu clã, formado por Denise Lacombe e Eliane Pelegrini, e queimamos a mufa para ajustarmos o festival on-line a um formato sem ônus, pois precisávamos ganhar dinheiro, e não gastar dinheiro. Cobramos R$ 20,00 pelo ingresso. Acho justo. Quando você paga pelo trabalho do artista, você está garantindo que a arte continue a existir.
Chegamos a um formato que agradou tanto aquele que não perde 10 segundos ouvindo uma música, como aquele que acha que só a arte salva.
Percebemos um ecletismo em nosso público nessa primeira edição. Um misto de profundos conhecedores e pessoas que nunca haviam ouvido falar em Jazz. Pessoas de todas as idades e condição social. Ambos tiraram ótimo proveito. Me confidenciaram da satisfação em poder serem direcionados a uma plataforma de fácil acesso, com uma proposta sucinta, direta e objetiva. E mais, sem excessos. Porque sabemos, essa urgência urgentíssima que tomou a humanidade de assalto, também precisa de um relax no final do dia.
E assim chegamos com uma proposta carinhosa, bem elaborada e direcionada a um público que se encontrava perdido, com pouquíssimas opções em um panorama de desespero onde a arte se revelava como um bote em meio a um mar revolto.
Deu trabalho? Sim, muito! Mas foi muito prazeroso. Nunca pensei que viria a fazer isso um dia. Afinal, sou apenas um músico; mas com muitos sonhos. Sonhos de carreira, sonhos de um tipo de simbiose entre aqueles da mesma tribo, perdidos em meio a um nada que permeia a sociedade do mundo em que vivemos. Temos escolhas! É só isso que digo!
A cada imagem, edição, música, texto, upload, me recordava dos bons tempos em que frequentei fisicamente os festivais de jazz. Me lembro até do aroma, dos sabores, do entusiasmo. Não vou dizer que era: vou dizer que é “pura poesia”.
Estreitei os laços com grandes artistas, músicos, artistas visuais, escritores e produtores. Enfim, criamos esse conceito pra você que como eu às vezes se encontra meio perdidão nessa vibe infortunada que tomou conta dos nossos tempos.
O MPC Jazz Festival lutou bravamente em sua primeira edição. As cartas não mentem! Eliane Pelegrini, e o seu Tarot verossímil já sinalizavam uma névoa que se dissiparia com o passar do tempo. Vem aí uma segunda edição. Também incrível, com grandes artistas.
Convidamos você que está chegando agora a dar um pulinho na nossa página e se inteirar do conceito do festival: www.mariopc.net/mpc-jazz-festival
Abra a cabeça! Vamos viver! Tudo passa.
Mário PC – 31/07/20
MPC Jazz Festival - a vision of the future
As far as I know, this was the first pandemic-born online jazz festival. So much so that his slogan was: A festival like you've never seen! (LOL)
It took a pandemic to shake the human being and say: Man, art will save your life! Nietzsche had already said: "Art exists so that reality does not destroy us".
Some have not yet realized the importance of art. Without food for the soul, I don't know where we're going. If we will move. If we are not going to be swallowed up by our stupidity. Year in, year out, and we still don't understand that if we do the right thing, we won't even need laws.
Amid the desolate isolation, I was looking for a way to reverse the damage that had been imposed on me by the pandemic. Cancellations and postponements concerning my livelihood and my career were lethally present.
Putting the pieces of this puzzle together, among nostalgic references, nostalgic, because we were happy and we didn't know, the idea of promoting myself by idealizing a virtual stage occurred to me. The universe of lives was already in full swing. In a sort of trunk way, technically, but it was going on. It was left to the artists. Many were lost. As the idea matured, I realized that my event could also favor many others.
Ideologically, I joined my clan, formed by Denise Lacombe and Eliane Pelegrini, and we burned the mufa to adjust the online festival to a free format, as we needed to make money, not spend money. We charge R $ 20.00 for the ticket. I think it's fair. When you pay for the artist's work, you are ensuring that the art continues to exist.
We arrived at a format that pleased those who do not waste 10 seconds listening to a song, as well as those who think that only art saves.
We noticed an eclecticism in our audience in this first edition. A mix of profound connoisseurs and people who had never heard of Jazz. People of all ages and social status. Both took great advantage. I was confident of the satisfaction of being able to be directed to an easily accessible platform, with a succinct, direct and objective proposal. And more, without excesses. Because we know, this very urgent urgency that has taken humanity by storm, also needs a relax at the end of the day.
And so we arrived with a loving proposal, well elaborated and directed to an audience that was lost, with very few options in a panorama of despair where art was revealed as a boat in the middle of a rough sea.
Did it work? Yes, a lot! But it was very pleasant. I never thought I would do that one day. After all, I'm just a musician; but with many dreams. Career dreams, dreams of a kind of symbiosis among those of the same tribe, lost in the middle of nothingness that permeates the society of the world in which we live. We have choices! That's all I say!
With each image, edition, music, text, upload, I remembered the good times when I physically attended jazz festivals. I even remember the aroma, the flavors, the enthusiasm. I will not say it was: I will say it is "pure poetry".
I strengthened ties with great artists, musicians, visual artists, writers and producers. Anyway, we created this concept for you that, like me, is sometimes a little sorry in this unfortunate vibe that has taken over our times.
The MPC Jazz Festival fought bravely in its first edition. The cards don't lie! Eliane Pelegrini, and her credible Tarot already signaled a fog that would dissipate over time. A second edition is coming. Also incredible, with great artists.
We invite you who are coming now to visit our page and learn about the festival concept: www.mariopc.net/mpc-jazz-festival
Open your head! Let's live! Everything passes.
Mário PC - 07/31/20
HighLights, o álbum
Iniciei meus estudos em música aos 16 anos, muito influenciado por jazz, mais propriamente jazz-fusion e jazz-rock. Aos 17 anos já tocava profissionalmente em Belo Horizonte, em bares de jazz e MPB. Na época, um sonho transitava pela minha cabeça: montar uma banda de jazz-fusion. Na época não consegui realizar este sonho. Não possuía recursos, nem técnicos, nem intelectuais, e nem financeiros para a realização do mesmo. Me convidaram pra trabalhar em um garimpo de ouro em Rondônia. Fui. Deu tudo errado. Voltei pra BH. Me mudei em 1985 para o Rio de Janeiro na tentativa de ascender enquanto cantor, saxofonista e compositor com um trabalho autoral no mercado do rock nacional. Não obtive êxito.
Depois de alguns revezes no Rio de Janeiro, minha vida deu uma guinada. Fui contratado para acompanhar o artista Ed Motta. Com o primeiro cachê comprei a minha primeira TV. 14 polegadas. De tubo e com controle remoto. Dois anos de palcos e estúdios se passaram. Em seguida fui trabalhar com Marina Lima. Mais seis anos se passaram. Após dois anos com a Marina, me demiti e fui trabalhar em um cruzeiro no Caribe. Retomei com Marina após a temporada tropical. Depois veio o Lulu Santos, mais dez anos. Entre uma turnê e outra atuava com bandas de pop-rock da cena alternativa independente. Me graduei em Música na UNIRIO. Sete anos imerso em aprimoramentos.
Em 2016 voltei para BH. Durante um ano planejei minha saída do Brasil. Não saí. Conheci uma pianista paulistana e me mudei pra São Paulo.
Motivado pela insatisfação com o mercado da música no Brasil, aliado obviamente a questões sócio econômicas, percebi em mim uma mudança de pensamento. Os desejos e anseios eram outros. Não queria mais acompanhar artistas, tão pouco bandas de rock da cena independente. Tão pouco queria depender das metrópoles do presunçoso sudeste e das demandas sazonais do mercado. Queria tomar as rédeas da carreira e traçar os meus caminhos. Um novo caminho.
Já em São Paulo, fui convidado pela Eliane Pelegrini para uma reunião com o produtor Valmir Zuzzi. Nesta reunião, Valmir manifesta interesse também pelo meu trabalho como saxofonista e compositor, e pela minha história enquanto sideman de artistas do mainstream. Combinamos uma produção conjunta, e no outro dia inicio os trabalhos do que viria a ser o álbum HighLights.
Pouco tempo após o início da produção, Valmir desaparece. Não me desanimei. Fui até o fim. Fiz o álbum todo sozinho. Um ano de composição, produção, arranjo, gravação e conceito se passou. Ouvia os fonogramas todos os dias. Adorava. Mas, sentia que o álbum tendia para a música eletrônica. Pensei comigo: vou tocar em vários lugares, mas com este álbum não conseguirei tocar em festivais de jazz. Na época, os festivais de jazz ainda eram muito conservadores, e não admitiam alguns experimentos. Resolvi então convidar músicos amigos para humanizarem a minha alquimia eletrônica. Ao final do processo de gravação com estes músicos, me dei conta que o que tinha nas mãos nada mais era que o meu sonho de garoto: uma banda de jazz-fusion. Praticamente dei a volta no mundo pra retomar a chama, que se encontrava um pouco fraca, que me motivou todos esses anos. Por tudo isso batizei o meu primeiro álbum autoral de HighLights. Foi lançado em 2019 pelo selo Delira Música. Na internet foi lançado pela distribuidora ONE RPM para todas as plataformas de streaming.
Para compor as músicas do álbum HighLights me inspirei na vida, no seu poder de transformação. Me inspirei no ser humano, na sua gana pela vida. Me inspirei na natureza, perfeita. Na dança, no calor da noite, no brilho do dia. É um álbum positivo para curtir, dançar, sonhar e amar.
Não omiti os elementos eletrônicos, apenas agreguei o lado fluido da execução musical através de grandes músicos.
Uma das músicas, Meeting Us, foi composta para a Eliane.
Neste álbum trago todas as minhas influências do jazz-fusion com pitadas de pop e rock. Tem até uma pitada de música erudita e world music.
Desde então venho divulgando o álbum HighLights para todo o mundo através das redes sociais, e iniciei a produção do meu segundo álbum no mesmo segmento. Se chamará Match Point.
Segue a sinopse, a ficha técnica e os agradecimentos do encarte do álbum HighLights:
Sinopse:
Em uma profusão de sentidos, Mário PC propõe o que conceitua como sendo a sua música: arte para um novo mundo. Fazendo um contraponto com diversas culturas e padrões estéticos, promove sensorialmente uma conexão com o estilo de vida contemporâneo. Testemunha ocular de fatos e constatador de hábitos, Mário PC propicia à sua música tráfego livre dentre as mais diversas áreas da cultura e meios de comunicação.
O projeto HighLights foi um sonho interrompido na juventude pela necessidade de prover, e agora retomado pela necessidade de viver. Só foi possível graças aos esforços destas pessoas que contribuíram com sua visão, generosidade e genialidade. A todos, minha eterna gratidão.
Ficha técnica:
Mário PC - saxofones, flautas, teclados e vocais, concepção, composição e programação, produção e direção musicais, gravação, mixagem e masterização.
Artistas convidados:
Vitinho Martins - guitarras
Fábio Canella - bateria
Ivan Paiakan - baixos
Jonathan Vargas - solos de pianos e sintetizadores
Marcelo Mattos (Estúdio Ness Brazil) - engenheiro de captação e gravação de bateria
Aramel Melo - fotografia
Zheus Antonni - assistente de fotografia
Flávio Américo Novaes - logomarca
Eduardo Dantas Correia - arte gráfica
Gabriela Dominguez - visagismo
Gravado nos estúdios Cafofo, Cats House e Ness Brazil.
Agradecimentos:
Eliane Pelegrini, Esmeralda de Carvalho, Vitinho Martins, Ivan Paiakan, Fábio Canella, Jonathan Vargas, Marcelo Mattos, Aramel Melo, Flávio Américo, Eduardo Dantas Correia, Gabriela Dominguez, Regiane Ferreira, e Cássio Ferreira.
Mário PC – 01/08/2020
HighLights, the album
I started my music studies at the age of 16, very influenced by jazz, more specifically jazz-fusion and jazz-rock. At 17, he already played professionally in Belo Horizonte, in jazz bars and MPB. At the time, a dream was running through my head: setting up a jazz-fusion band. At the time, I was unable to realize this dream. He had no resources, neither technical, nor intellectual, nor financial to carry out the same. They invited me to work in a gold mine in Rondônia. I went, everything went wrong. I went back to BH. I moved to Rio de Janeiro in 1985 in an attempt to ascend as a singer, saxophonist and composer with an authorial work in the national rock market. I was not successful.
After a few setbacks in Rio de Janeiro, my life took a turn. I was hired to accompany the artist Ed Motta. With the first fee I bought my first TV. 14 inches. Tube and remote control. Two years of stages and studios have passed. Then I went to work with Marina Lima. Six more years passed. After two years with Marina, I resigned and went to work on a cruise in the Caribbean. I resumed with Marina after the tropical season. Then came Lulu Santos, another ten years. Between one tour and another, he performed with pop-rock bands from the independent alternative scene. I graduated in Music at UNIRIO. Seven years immersed in improvements.
In 2016 I returned to BH. For a year I planned to leave Brazil. Do not leave. I met a pianist from São Paulo and moved to São Paulo.
Motivated by dissatisfaction with the music market in Brazil, obviously combined with socio-economic issues, I noticed a change in my thinking. The desires and desires were different. I no longer wanted to accompany artists, neither rock bands from the independent scene. Nor did he want to depend on the metropolises of the smug southeast and the seasonal demands of the market. I wanted to take the reins of my career and chart my paths. A new path.
In São Paulo, I was invited by Eliane Pelegrini to a meeting with producer Valmir Zuzzi. At this meeting, Valmir also expresses interest in my work as a saxophonist and composer, and in my history as a sideman of mainstream artists. We agreed on a joint production, and the next day I started working on what would become the HighLights album.
Shortly after the start of production, Valmir disappears. I didn't get discouraged. I went to the end. I made the album all by myself. A year of composition, production, arrangement, recording and concept has passed. I listened to phonograms every day. I loved it. But, I felt that the album tended towards electronic music. I thought to myself: I will play in several places, but with this album I will not be able to play in jazz festivals. At the time, jazz festivals were still very conservative, and did not allow for some experiments. So I decided to invite musicians friends to humanize my electronic alchemy. At the end of the recording process with these musicians, I realized that what I had in my hands was nothing more than my dream as a boy: a jazz-fusion band. I practically went around the world to retake the flame, which was a little weak, which motivated me all these years. For all these reasons I named my first authorial album HighLights. It was released in 2019 on the label Delira Música. On the internet it was launched by the distributor ONE RPM for all streaming platforms.
To compose the songs on the HighLights album I was inspired by life, its power of transformation. I was inspired by the human being, in his desire for life. I was inspired by nature, perfect. In dance, in the heat of the night, in the brightness of the day. It is a positive album to enjoy, dance, dream and love.
I didn't omit the electronic elements, I just added the fluid side of musical performance through great musicians.
One of the songs, Meeting Us, was composed for Eliane.
In this album I bring all my jazz-fusion influences with hints of pop and rock. There's even a hint of classical music and world music.
Since then I have been promoting the album HighLights to the whole world through social networks, and I started the production of my second album in the same segment. It will be called Match Point.
Here is the synopsis, technical sheet and thanks for the HighLights album insert:
Synopsis:
In a profusion of meanings, Mário PC proposes what he conceptualizes as his music: art for a new world. Making a counterpoint with diverse cultures and aesthetic standards, it sensorially promotes a connection with the contemporary lifestyle. An eyewitness to facts and a habit checker, Mário PC provides his music with free traffic among the most diverse areas of culture and media.
The HighLights project was a dream interrupted in youth by the need to provide, and now resumed by the need to live. It was only possible thanks to the efforts of these people who contributed with their vision, generosity and genius. To all, my eternal gratitude.
Datasheet:
Mário PC - saxophones, flutes, keyboards and vocals, conception, composition and programming, musical production and direction, recording, mixing and mastering.
Invited artists:
Vitinho Martins - guitars
Fábio Canella - drums
Ivan Paiakan - Bass
Jonathan Vargas - piano and synth solos
Marcelo Mattos (Estúdio Ness Brazil) - recording and recording engineer
Aramel Melo - Photography
Zheus Antonni - photography assistant
Flávio Américo Novaes - logo
Eduardo Dantas Correia - graphic art
Gabriela Dominguez - visagism
Recorded at Cafofo, Cats House and Ness Brazil studios.
Thanks:
Eliane Pelegrini, Esmeralda de Carvalho, Vitinho Martins, Ivan Paiakan, Fábio Canella, Jonathan Vargas, Marcelo Mattos, Aramel Melo, Flávio Américo, Eduardo Dantas Correia, Gabriela Dominguez, Regiane Ferreira, and Cássio Ferreira.
Mário PC - 08/01/2020
Articles
Live worthily of Art
Methods
The unfulfillment of a musical project
Música – Uma visão de futuro, por Mário PC
Para mim, tratar de Música está além da simples percepção, entoação ou ordenação de sons. A natureza, em seu caos ou ordem soa, livre. Porém, em contraponto com a metrópole: desvalorizada, despercebida; por vezes abandonada. O excesso de estímulos visuais, sonoros, olfativos e gustativos impostos pelo consumo roubam a cena sorrateiramente.
Não vejo possibilidade de existência sem Música. Paralelamente, vejo uma batalha silenciosa travada nas trincheiras do devir.
Não é de meu desejo transformar Música em produto, descartável. Quero reciclar esta Música que se apresenta para nós como mais um veículo da guerra do capital.
Quero a Música como veículo para a saúde, para maiores entendimentos e sublimações. Quero o etéreo, o eterno. O entendimento claro para o estender da vida para além do que se traduz por fronteira do corpo ou da alma. Quero o hoje, o aqui e o agora.
Como se sua legitimidade fosse negada, transita por toda esfera, sufocada. Está nos meios e nos fins. Música: arte, ambiente, produto, resíduo, e até refugo. Insisto, tecendo paralelos, fazendo contrapontos entre passado e presente para entender melhor as motivações humanas.
Humanos, o que querem? Por que querem? Como assim: Música?
Para fins práticos tento ordenar o pensamento de forma coesa para o aproveitamento do ensino de Música conforme a necessidade gritante de revisão dos olhares, critérios, tendências e ações.
Seria imprudente ou ingênuo ensinar Música apenas para formar músicos. Quero formar cidadãos. Quero o olhar renovado, inspirado, mirado no mundo do futuro, capaz e de paz.
Buscar o entendimento claro de suas potencialidades em prol da renovação.
Por que tocar? Por que cantar? Precisa de um por quê?
Os pilares da saúde estão ruindo. Longevidade química. Quero um espírito incólume.
Impossível falar de Música sem falar de meio.
Música é externar sentimento. Qual é o som da Música de quem tem fome, sede, dor, que chora, que lamenta, que clama por seja o que for? Te emociona? Por que?
Como conduzir energia por um fio estilhaçado? Falo de sociedade.
É preciso deter. É preciso rever. Entender que o projeto da vida pede reformulações. Criar a possibilidade de entendimento para que os cursos sejam os da renovação.
É como fazer fogo! Depois dele, forjar a paz ou a guerra é uma escolha.
Mário PC
O dia em que a Música parou de tocar
Na minha passagem por este mundo fui um dos escolhidos por esta entidade chamada Música. Sim, pois segundo dizem, não somos nós que escolhemos a Música, e sim é ela quem nos escolhe. Esta prática se estende à dança, às artes dramáticas, às artes plásticas, à poesia... Mas, nas palavras que se seguem vamos nos ater à Música.
“Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.”
Visto que a Música, atividade que entretém, ganhou não só status de ciência e arte, como também de produto, e fora inserida em dispositivos através dos meios de impressão, prensagem, gravação ou memória de forma que todos pudessem levar para seus lares o devido produto musical, parecia que salvaguardada estava a sobrevivência do músico. Ledo engano!
Esta iniciativa, alavancada pela economia, consumo e exposição que promoveu a distribuição destes produtos, fora a mesma que de forma relativa destituiu o músico de total detentor dos direitos de sua obra.
Podemos dizer que através da exposição de conteúdos propiciada pela web, o mundo ascendeu para duas realidades. Uma, a do conhecimento. Outra, não querendo ser trágico ou pessimista, a do declínio que aponta para outras realidades ou para o fim.
É irrefutável que o acesso ao conhecimento opere transformações positivas efetivas em uma sociedade. Feita esta constatação, o músico precisa agora redescobrir uma forma de sobreviver a este mesmo mundo que o promoveu e o destituiu de total detentor dos direitos sobre o fornecimento virtual que dispõe gratuitamente o seu produto, sua obra, a sua música.
É notável que a humanidade sofra transformações, e que nós tenhamos que nos adaptar a elas. É notável que arte esteja contida em qualquer manufatura que propicia ao ser humano conforto para si individualmente e para sua família, seu lar, sua comunidade. É notável também que o músico contemporâneo retire a maior parte de seu rendimento, senão todo ele, das mostras ao vivo de suas práticas.
O mundo sofre constantes mudanças. Não descarto a possibilidade da Música em determinado momento se render aos caprichos do “progresso” e simplesmente parar. O mundo ouvirá apenas a “música” contida em suas buzinas, registradoras, britadeiras, eletrodomésticos, máquinas frias que operam a produção de “conforto” para a humanidade.
Como se instaurou segundo a prática atual, você já imaginou a possibilidade de não só baixar gratuitamente um arquivo de música, como também baixar gratuitamente alimentos frescos da horta ou da panificadora, medicamentos ou artigos de higiene e beleza, energia gratuita, atendimento médico, educação progressista, peças de vestuário ou para o conforto no seu lar?
Se permita ao menos imaginar, “viajar” e divagar por essas ideias, suas práticas e consequências. Mas, faça isso antes do dia em que música pare de tocar, pois poderá ser tarde demais.
Enquanto isso, nós músicos, ainda que limitados pela frieza da realidade, no nosso day by Day, estaremos propiciando alento para as dores dos nossos semelhantes, estaremos lutando com todas as forças para subexistir neste cenário comprometido pelo desejo particular e ganancioso de acúmulo e segurança.
Mário PC
A Música e Você
Quando falamos de Música estamos nos referindo a um monte de sons conjugados de forma organizada que agradam à experiência da audição musical e do entretenimento. Ou seja, conseguimos ter um entendimento desta sequência de sons, e de certa forma a sua percepção, aceitação e absorção é para nós um “termômetro” do nosso estado de espírito.
Mas, estará este termômetro atrelado a um hábito corrente, banal, corriqueiro de se ouvir este tipo de sequência sonora já digerida, acompanhada ou não de um discurso poético ou plástico?
Sabe-se que muitos artistas só foram reconhecidos, segundo um juízo de valor e até genialidade após muitos anos de seu falecimento. Talvez fossem homens à frente do seu tempo, dotados de um entendimento de questões humanas e de linguagem que em muito superasse em termos de novidade o discurso de sua época.
Sons de buzinas, de gritos e de britadeiras são notas musicais!
Porque não agradam à audição?
Estariam estes sons sendo executados de forma desorganizada?
Vieram até você em um momento indesejado?
Não fazem parte de um contexto preparado para a apreciação musical?
O ambiente faz diferença?
O momento faz diferença?
Os estilos musicais, depois que a Música se tornou um produto comercializável e principalmente materializável, que todos podiam levar para os seus lares, fosse em forma de áudio, partitura impressa ou conteúdo audiovisual, sempre foram por força de interesses comerciais e propaganda rotulados assim como seus compositores e consumidores, consumidores estes possíveis futuros compositores.
A música erudita, por nós conhecida como música clássica, digo, de períodos anteriores que datam da Renascença até os dias de hoje, para alguns é coisa de “velho”, para outros, coisa de “gênio”. Rock é coisa de “doidão”. Para outros, coisa de “rebelde”; pessoas consideradas emocionalmente instáveis. Jazz é coisa de “intelectual”, para outros, coisa de “chato”. Na Grécia antiga, Música era Ciência. Hoje, o que é? Arte, ciência, alegria, tristeza, um sinal sonoro como o de uma buzina, o som que sai da voz cantada ou de um instrumento musical, um CD, um videoclipe, um show, motivo para rir, motivo para chorar, trabalho, emprego, necessidade? O que seria do mundo sem Música? O que seria do mundo sem som?
Algumas pessoas consideram alguns estilos de música popular do nosso tempo como por exemplo o sertanejo universitário, pagode, funk carioca, brega, arrocha e sofrência, como sendo música de qualidade duvidosa. Alguns dizem que não é música, dizem que é entretenimento. Que talvez só sirva para dançar ou namorar. Talvez essa forma de expressão musical ou entretenimento divirta alguns e não outros. O que é Música boa? O que é Música ruim?
Estaria, enquanto bem sucedido mercadologicamente, o produto musical ou forma de entretenimento atrelado a uma forte propaganda que diz que aquilo é o que você tem que ouvir e consumir, simplesmente porque talvez você não tenha entendimento de outros tipos de expressão musical? Estaria essa condição atrelada a uma falha do ensino básico, da educação ou da ausência de uma forma mais ampla de educar o jovem artisticamente e musicalmente? Estaria esta prática arraigada a uma forma de controle psicológico da população? Alguns até atrelam a música que se ouve ou que se faz à raça, status ou classe social.
O mais intrigante nessa história é que sempre tem uma música que te agrada, sempre tem uma música que você quer fazer, sempre tem uma música que te traz recordações, que te inspira, que incita o amor ou o ódio. Não é necessário que se façam distinções entre música, classe, raça ou status. Mais importante que argumentar sobre Música é sentir a Música. No caso de querer fazer Música, descobrir que ferramentas vão te possibilitar confeccionar o tipo de Música que te move, ou a condição adequada para o seu consumo ou até o devir de seu ouvinte.
Mas afinal, quem é você: O “coroa”, o “gênio”, o “maluco”, o “rebelde”, o “intelectual”, o “chato”, o “romântico”, o “extrovertido”, o “introvertido”, o “alegre”, o “triste”, o “engraçado”, o “austero”...?
Mário PC
In any profession, according to Wilhelm Reich, so you can come to be regarded as a genius, demand of having a product designed by you, and universal consumption on the shelves of the various market segments. Preferably, it is desirable that you are the holder of the patent.
By my words, the professional can be considered successful from the moment we can, by its performance, sustain, or provide, take care of your responsibilities, your burden, pay your bills doing what you love, in case musician, play what you like and who likes. Be well paid for it and get sustainability.
Well, for all this to take effect, according to Saul Kaplan, noting that nothing in life is guaranteed, you may need to reinvent themselves through life seeking review concepts amidst paradoxes and paradigms. Everything is changing, and in this way, new concepts arise. You need to be open and attentive to changes and human motivations. Perhaps mindful of this, you will be a musician, more properly saying a saxophonist who get a place in the sun, certain notoriety and sustainability in the Brazilian music scene.
Recalling that the saxophone like other musical instruments, was sometimes a fad at certain times (Decades 1940 , 1960 and 1980) in certain styles (Bebop Jazz, Rock'n Roll and Pop-rock) in some countries (United States, Argentina, Brazil and Japan) or continents (Europe and Scandinavia), and how various musical instruments (Recorder, Flute, electric Guitar, craviola, guitar, clarinet and cello) has also experienced its rise and decline, we conclude which is cyclical in the performance art scene of the instrument we chose to study, perform and accompany us, which gives us no guarantee of longevity. Obviously, this practice applies to all musicians, artists and styles.
In this way we live, not by our choice, career ups and downs, good and bad times. We must prepare for both, because everything has two sides. The good side softens us and hardens us bad. There must be flexibility in our heart, mind and soul into our music, our art, is not only reflection of bitterness or ingenuity, but also so that we can live in dignity of art. I see a world without promise, however a life full of possibilities.
Mário PC
Viver dignamente da Arte
Em qualquer profissão, segundo Wilhelm Reich, para que você possa vir a ser considerado um gênio, demanda de ter um produto por você concebido, e de consumo universal nas prateleiras das lojas dos diversos seguimentos de mercado. Preferencialmente, é desejável que você seja o detentor da patente.
Pelas minhas palavras, o profissional pode se considerar bem sucedido a partir do momento em que consegue, pelo seu desempenho, se sustentar, ou seja, prover, dar conta de suas responsabilidades, de seu ônus, pagar suas contas fazendo o que gosta; no caso do músico, tocar o que gosta, e com quem gosta. Ser bem remunerado por isso e obter sustentabilidade.
Pois bem, para que tudo isto se efetive, segundo Saul Kaplan, lembrando que nesta vida nada é garantido, talvez você tenha que se reinventar vida afora buscando rever conceitos em meio a paradoxos e paradigmas. Tudo é mutável, e nesse caminho, novos conceitos surgem. Você precisa estar aberto e atento às mudanças e motivações humanas. Talvez, atento a isso, você venha a ser um músico, mais propriamente dizendo, um saxofonista que consiga um lugar ao sol, certa notoriedade e sustentabilidade no cenário musical brasileiro.
Lembrando que o saxofone, como outros instrumentos musicais, já foi algumas vezes um modismo em determinadas épocas (Décadas de 1940, 1960 e 1980) em determinados estilos (Jazz Bebop, Rock’n roll e Pop-rock), em determinados países (Estados Unidos da América, Argentina, Japão e Brasil) ou continentes (Europa e Escandinávia), e como vários instrumentos musicais (Flauta doce, Flauta transversal, guitarra elétrica, craviola, violão, clarineta e violoncelo) também já viveu sua ascensão e declínio, concluímos que é cíclica na cena artística a atuação do instrumento que escolhemos para estudar, executar e para nos acompanhar, o que não nos dá nenhuma garantia longeva. Obviamente, esta prática se aplica a todos os instrumentistas, estilos e artistas.
Neste caminho viveremos, não por nossa escolha, altos e baixos na carreira, tempos bons e ruins. Devemos nos preparar para ambos, pois tudo tem dois lados. O lado bom nos amolece, e o ruim nos endurece. Há de haver flexibilidade no nosso coração, mente e alma para que nossa música, nossa arte, não seja apenas reflexo de amargura ou ingenuidade, mas também para que possamos viver dignamente da arte. Vejo um mundo sem promessas, no entanto uma vida repleta de possibilidades.
Mário PC
What is the meaning of the word method? The word "method", from the Greek "methodos" literally means "way to come to an end”. ( Source : Wikipedia ) .
Now, I ask you:
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What way is this?
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Did you choose?
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Chose to you?
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It was open to influences?
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It is changeable?
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Has representativeness?
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It has a beginning?
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Has an End?
The questions and answers surrounding the alleged path of purification, implement techniques and refinement of performance and knowledge, are diverse. When young enthusiasts, would-be artists, we came across the circle of influences, virtuoso and stylistic issues. We’ll live with them for a long time. Many years pass before we start or not to be recognized by a shrewd perception, for an identity that proves to be original, or an irrelevant imitation. Importantly'm not predispose me to a value judgment.
It is from this time that we begin to question ourselves about the past. Comes to mind questions on self-learning, our teachers, where agreed, which failed, if it failed, what was important, what did not, what were the contributions of our practical experience in the market, academic, where did positively or negatively, where we were successful... After: where this road led us ?
The questions are many, and against so many technical questions, we break the dome of the exact and come across questions related to human, affection, and a single question asked, hesitant to answer it and hesitate forward to your reply. Anyway: We hear our hearts ?
Tempered by hormones, pass over a path of several actions. Very discovers, much is done. Perhaps much has been said, but little has been heard.
There is a saying: "Open mouth is silver, closed mouth is gold." I am not in favor of alienation, stony silence, despite this laziness notice of hearing. I am not referring only to young students, even as we study, we improved in a lifetime. I refer to people who do not return their gaze to the world, to its history, just for the time and their dubious beliefs: the time of winning, time of planting, the harvest time... Finally: Where did the time go intuit ?
In our view there is an absolute, presumptuous and arrogant accuracy: the accuracy of tangible, matter, and the imaginary, convinced that it is not possible to be a total absence of discernible sense. Nature does not mark time. The flower, fruit and life only consume the right time, the time of maturity. The success of nature is indisputable.
Mário PC
Métodos
Qual é o significado da palavra método? A palavra “método”, do grego “methodos” significa, literalmente, "caminho para chegar a um fim". (Fonte: Wikipédia).
Agora, eu lhe pergunto:
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Que caminho é este?
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Você escolheu?
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Escolheram pra você?
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Foi passível de influências?
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É mutável?
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Tem representatividade?
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Tem um começo?
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Tem um fim?
As questões e pretensas respostas que circundam o caminho da depuração, do implemento de técnicas e do apuro do desempenho e saber, são diversas. Quando jovens entusiastas, pretensos artistas, nos deparamos com o círculo das influências, questões virtuosísticas e estilísticas. Com elas conviveremos por longo tempo. Passam-se alguns bons anos para que comecemos a ser ou não reconhecidos por uma percepção arguta, por uma identidade que revela-se original, ou por uma imitação sem relevância. É importante ressaltar que aqui não estou me predispondo a um julgamento de valor.
É a partir deste momento que começamos a nos questionar sobre o passado. Vem-nos à cabeça questões sobre o autodidatismo, nossos mestres, onde acertaram, onde falharam, se é que falharam, o que foi relevante, o que não, quais foram as contribuições de nossa experiência prática junto ao mercado, acadêmica, por onde fizemos positivamente ou negativamente, onde fomos bem sucedidos... Afinal: Onde essa estrada nos levou?
Os questionamentos são muitos, e frente a tantos questionamentos técnicos, rompemos a redoma das exatas e nos deparamos com questionamentos ligados às humanas, ao afeto, e para uma única pergunta feita, hesitamos em respondê-la e hesitamos frente à sua resposta. Enfim: Ouvimos nosso coração?
Temperados pelos hormônios, trafegamos por um caminho de ações diversas. Muito se descobre, muito se faz. Talvez muito tenha sido dito, mas muito pouco tenha sido ouvido.
Existe um ditado que diz: “Boca aberta é prata, boca fechada é ouro”. Não sou favorável à alienação, a um silêncio sepulcral, obstante a isso noto preguiça em ouvir. Não estou me referindo apenas a jovens dicentes, mesmo porque estudamos, nos aprimoramos por toda uma vida. Refiro-me às pessoas que não voltam seu olhar para o mundo, para a sua história, apenas para o tempo e suas dúbias convicções: o tempo de vencer, o tempo de plantar, o tempo de colher... Finalmente: Onde foi parar o tempo de intuir?
No nosso entendimento existe uma precisão absoluta, presunçosa e arrogante: a precisão do palpável, da matéria, e do imaginário, convicto de que não é possível que seja perceptível uma total ausência de sentido. A natureza não marca tempo. A flor, o fruto e a vida só se consomem na hora certa, a hora da maturidade. O êxito da natureza é indiscutível.
Mário PC
When I began to charm me with music, was about 14 years old. My parents never influenced me in absolutely nothing, left my way for my choices, but I obviously had artistic, technical, philosophical and accurate so that I could work my passage through this world as best as possible elements.
My mother introduced me to jazz, classical music, popular music and Latin folk. I was an avid listener of the ECM albums, Pablo, Columbia, Decca, Deutsche Grammophon ... After a few years I came to know gypsy music, oriental music, African music, music of Oceania, Scandinavia, finally, the world music through the ICBEU audio library.
My father was content to watch and support my movement. At age 16, from acoustic bass, and saxophone flughelhorn, I opted for the tenor saxophone. At 18 I met the Rock and started singing. My dream boy to participate in the formation of a band of instrumental music or singing is alive today. My ambition has led me to an unsuccessful adventure in a gold mine in Rondônia, Brazil, intention to capitalize on resources for the realization of future projects. Many years passed. What moved me in adolescence, moves me to this day.
It is common census a type of thought which states that to grow into a mature, fully aware of the needs of serving and providing person, you need to give up your dreams. Once sealed bag one of the sweetest memories you get labeled by society as a person who knows what he wants. Part of the game.
Musician, I ask you under the sign of each "no" it was not said or each "yes" that brings in its wording to mean "maybe": What still enchants you?
I know that economic factors are decisive in making decisions, but never gave up trying to harmonize social, economic and artistic factors. I think much can be done without ignoring any of these factors.
Perhaps the formation of a particular musical group that distinguish it from most take for something else, like in a loving relationship. Perhaps the better half in this song is so hard to find much in love. May not exist? Probably! Just do not want to believe that everything is "business" and you walk omitting himself for so many years what makes you happy.
Mário PC
A irrealização de um projeto musical
Quando comecei a me encantar com música, tinha por volta de 14 anos de idade. Meus pais nunca me influenciaram em absolutamente nada, deixaram meu caminho livre para minhas escolhas, mas obviamente me apresentaram elementos artísticos, técnicos, exatos e filosóficos para que eu pudesse operar minha passagem por este mundo da melhor forma possível.
Minha mãe me apresentou o Jazz, a música erudita, a música popular e folclórica latinas. Fui um ouvinte assíduo dos álbuns da ECM, Pablo, Columbia, Decca, Deutsche Grammophon... Depois de alguns anos vim a conhecer a música cigana, a música oriental, a música africana, a música da Oceania, da Escandinávia, enfim, a música do mundo, através da audioteca do ICBEU.
Meu pai se satisfazia em observar e apoiar minha movimentação. Aos 16 anos, entre baixo acústico, flughelhorn e saxofone, optei pelo saxofone tenor. Aos 18 anos conheci o Rock e comecei a cantar. Meu sonho de garoto em participar da formação de uma banda de música instrumental ou cantada está vivo até hoje. Minha ambição me levou até a uma aventura mal sucedida em um garimpo de ouro em Rondônia na intenção de capitalizar recursos para a efetivação de futuros projetos. Muitos anos se passaram. O que me moveu na adolescência, me move até hoje.
É de censo comum um tipo de pensamento onde consta que para crescer e se tornar uma pessoa madura, totalmente consciente das necessidades de servir e prover, você precisa desistir de seus sonhos. Uma vez selado aquele baú das mais doces lembranças você fica rotulado pela sociedade como uma pessoa que sabe o que quer. Faz parte do jogo.
Músico, pergunto a você sob o signo de cada “não” que não foi dito ou de cada “sim” que traz no seu teor o significado de “talvez”: O que ainda te encanta?
Sei que fatores econômicos são decisivos na tomada de decisões, porém nunca abri mão de tentar harmonizar fatores sócio-econômicos e artísticos. Acho que muito pode ser feito sem menosprezar qualquer um desses fatores.
Talvez a formação de um determinado grupo musical que se distingui da maioria se dê por um algo mais, como em uma relação amorosa. Talvez, a tal cara-metade na música seja tão difícil de se encontrar quanto no amor. Talvez não exista? É provável! Só não quero acreditar que tudo é “negócio” e que você anda omitindo de si mesmo há tantos anos o que te faz feliz.
Mário PC
From musician to musician
More important than talking about music is feel the music.
Talking about music is to many, speak to a few of the music is, understand music is one thing, understanding the music is something else.
I breathe music. Calm! I never said I understand Music.
That does not make me better or worse than others. The Art and Faith do not determine absolutely nothing that conduct alone would leave unspoken.
The unpreparedness of many generates an alleged understanding the definition of the above nouns.
Now we define these as behavioral, now we have no definition, but lives follow. Glad you follow the lives! We allow this.
Still, a good slice of lay or artists, say, creative people, insist on extracting the stone orange juice because of its anceios, expressing itself mistakenly in expression of others.
Labels and more labels, pseudo theories, demonstrations badly affected govern our realm, away from indulgence.
Creative people, where do we stop? There is a possibility, tenuous, of evolution?
Mário PC
De músico para músico
Mais importante que falar de Música é sentir a Música.
Falar de Música é pra muitos, falar da Música é pra poucos, entender de Música é uma coisa, entender a Música é outra coisa.
Eu respiro Música. Calma! Eu nunca disse que entendo de Música!
Isso não faz de mim melhor ou pior que outrem. A Arte ou a Fé não determinam absolutamente nada que a Conduta por si só já deixa tácito.
O despreparo de muitos gera um pretenso entendimento na definição dos substantivos supracitados.
Ora definimos estes como comportamentais, ora não temos definição, mas as vidas seguem. Que bom que as vidas seguem! Nós permitimos isso.
Ainda assim, uma boa fatia de leigos ou artistas, digo, pessoas criativas, insistem em extrair suco de laranja de pedra por conta de seus anseios, expressando-se equivocadamente em relação à expressão de outros.
Rótulos e mais rótulos, pseudo teorias, manifestações afetadas mal regem a nossa esfera, longe de indulgência.
Pessoas criativas, onde vamos parar? Existe uma possibilidade, tênue que seja, de evolução?
Mário PC